Problema:
A
interferência da Linguagem da Internet (WhatsApp e Facebook) na Escrita
Escolar:
Em que
medida a linguagem reduzida e minimalista chamada de "internetês"
interfere na escrita padrão exigida pela escola?
Objetivos
Objetivo
geral:
Realizar um
levantamento a respeito do fenômeno recente da linguagem reduzida, que se
originou com o "internetês", a fim de verificar sua ocorrência em
outros gêneros ou suportes no ambiente de produção textual da sala de
aula.
Objetivos
específicos:
Analisar as características do fenômeno verificado na linguagem reduzida, suas causas e implicações no processo ensino-aprendizado para melhor defini-lo como objeto de investigação no ambiente da sala de aula e em outras situações.
Observar a
produção espontânea em vários gêneros, pelos alunos, dentro perspectivas desses suportes.
Constatar a
frequência com que este fenômeno da linguagem reduzida, provocado pelo uso
prolongado dos suportes observados, ocorrem na escrita padrão dos alunos, na produção de textos científicos através de relatórios ou outro gênero escolar.
Justificativa:
Ao observar
o grande volume de textos produzidos diariamente pelos alunos nas redes sociais,
em especial: whatsApp e Facebook, a pesquisa surge com o
interesse de reconhecer e verificar a interferência da linguagem virtual na
escrita padrão exigida e ensinada pela escola.
O trabalho
busca ainda, demonstrar a possibilidade de fazer uso dos aparelhos eletrônicos,
em especial o Smartphone, como instrumento auxiliar e lúdico do ensino da norma
padrão, a partir da reescrita do que é produzido espontaneamente pelos
alunos.
Metodologia:
O trabalho
será realizado durante o primeiro semestre de 2015 , com a turma de 6º ano A da
Escola Deuzuíta Melo, localizada no bairro Laranjeiras, na cidade de Marabá,
com aproximadamente 32 alunos.
Selecionaremos alguns alunos, que a partir de seus comentários ou diálogos nas salas de pate-papo ou em seus perfis nas redes sociais, por meio das páginas selecionadas, serão acompanhados pelo professor, que por sua vez atuará como orientador na busca por uma produção textual mais próxima do padrão. Em seguida, procuraremos averiguar o desempenho do grupo que atuará sem auxílio do professor em relação ao primeiro.
Indicação
teórica
Faraco,
Carlos Alberto. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. Editora Parábola,
2008
BAGNO, M.
Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial,
2011.
ANTUNES, I.
Análises de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorual,
2010.
CAGLIARI,
L.C. Alfabetização & linguística. 10 ed. São Paulo: Scipione, 2002.
XAVIER, A.B.
Hipertexto e Gêneros Textuais. (org.) Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
WEINREICH,
Uriel. Fundamentos Empíricos Para uma Teoria da Mudança Linguística/ Uriel
Weinreich, William Labov, Marvim I. Erzog; tradução Marcos Bagno. São Paulo:
Parábola Editorial, 2006.